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Soldagem de aços inox com processos por arco elétrico

Soldar inox em equipamentos

Soldar inox com sucesso exige não apenas tomar cuidados especiais em relação ao ciclo de aquecimento, como também do resfriamento das peças. Da mesma forma, certificar-se de empregar consumíveis adequados para as diferentes aplicações técnicas.

Aços inoxidáveis: diferentes tipos

  • Austeníticos: ligados ao Cr – Ni – Mo

Essas ligas são, com toda a certeza, as mais populares. Possuem excelente conformabilidade, resistência à corrosão e de maneira idêntica, ótima soldabilidade. Por outro lado, são não magnéticas. Os elementos de liga estão nas seguintes faixas: C ≤ 0,10 % / 16,0 % ≤ Cr ≤ 28,0 % / 3,5 % ≤ Ni ≤ 32,0 % / Mo ≤ 7,0 %

  • ​​Ferríticos: ligados ao Cr – Mo

O Cr e o Mo são por certo, os principais elementos de liga. Possuem baixo custo de fabricação, não aceitam tratamentos térmicos e ademais são produtos magnéticos. Os elementos de liga estão nas seguintes faixas: C ≤ 0,08 % / 10,5 % ≤ Cr ≤ 30,0% / Mo ≤ 4,5 %

  • Duplex (Austeníticos – Ferríticos):ligados ao Cr – Ni – Mo – N

A microestrutura consiste principalmente numa mistura de austenita e ferrita. Por conseguinte, apresentam características de ambas as fases, com excelente resistência mecânica e ademais alta ductilidade. São magnéticos e ao mesmo tempo, não aceitam tratamentos térmicos. As faixas dos elementos de liga são: C ≤ 0,03 % / 21,0 % ≤ Cr ≤ 26,0 % / 3,5 % ≤ Ni ≤ 8,0 % / Mo ≤ 4,5 % / N ≤ 0,35 %

  • ​​Martensíticos: ligados ao Cr – Mo – Ni – V

Essas ligas aceitam tratamentos térmicos para uma ampla faixa de dureza . Por outro lado, a estrutura obtida é magnética. As faixas dos elementos de liga são: C ≤ 1,2 % / 11,5 % ≤ Cr ≤ 17,0 % / Mo ≤ 1,8 % / Ni ≤ 6,0 % / V ≤ 0,2 %

Consumíveis empregados para soldar inox

Técnicas mais utilizadas na industria

  • Soldagem Tig

Neste processo, a energia necessária para a fusão do metal se fornece por um arco elétrico estabelecido entre um eletrodo de tungstênio não consumível e a peça de trabalho, sob uma atmosfera de gás inerte ou levemente redutora. Pode ser empregado metal de adição em forma de varetas nuas na operação manual, ou bobinas de arame na soldagem automática. Dependendo do metal de base e das aplicações, o gás de proteção pode ser Ar puro ou misturas de Ar, He e ademais H2.

  • Soldagem Mig

No processo Mig, o calor da soldagem se produz no arco elétrico estabelecido entre um eletrodo metálico continuo, alimentado em forma automática e a peça de trabalho. Ao contrário do processo Tig, o eletrodo é totalmente consumível. As características mais importantes deste processo são: o uso de densidades de corrente muito altas e a elevada velocidade de fusão do arame. Para soldar inox, frequentemente se utilizam fontes de alimentação de C. C., conectando a tocha no polo positivo da máquina de solda.

  • Eletrodo revestido

Embora seja um processo muito antigo, continua sendo muito empregado na atualidade, devido à sua flexibilidade e simplicidade de operação. O eletrodo é composto por um núcleo de metal sólido ou tubular, revestido com uma camada de fluxo. O revestimento é aplicado por extrusão e dá ao eletrodo uma certa “personalidade”. Atende três funções: elétrica, física e metalúrgica. A primeira está relacionada à iniciação do arco, enquanto a segunda diz respeito à viscosidade e tensão superficial da escória, que controlam a transferência metálica e a proteção do metal fundido. A função metalúrgica implica trocas químicas, determinando o refino do metal depositado.