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Eletrodos revestidos para soldar ferros fundidos

Recuperação com eletrodos para ferro fundido

Os eletrodos para ferro fundido se escolhem não apenas em função do seu custo, como também das suas características de soldabilidade. Principalmente em relação as capacidades de produzir depósitos metálicos dúcteis, que por conseguinte, possam ser facilmente limáveis e igualmente usináveis.

Por outro lado, os ferros fundidos possuem baixa ductibilidade, porém não são impossíveis de soldar. Frequentemente, esses materiais podem ser concertados com procedimentos rigorosos, técnicas e consumíveis adequados. Sempre aplicando uma baixa entrada de calor, com a finalidade de melhorar as condições de soldagem.

Embora existam vários tipos de ferros fundidos, o mais comum de todos é, com toda a certeza, o cinzento. Por conseguinte, as diretrizes gerais para operar com eletrodos para ferro fundido são referentes a esse tipo de material.

Métodos de soldagem:

À quente

A princípio, a soldagem a quente se pratica em peças de pequenas dimensões. Onde exista a possibilidade de efetuar um aquecimento total, em temperaturas adequadas. O preaquecimento reduzirá a taxa de resfriamento no metal depositado e similarmente, na região afetada pelo calor. Minimizando por conseguinte, o acontecimento de trincas nas partes soldadas.

Além disso, é muito importante aquecer a peça inteira lenta e ademais uniformemente. As temperaturas de preaquecimento podem variar de 50° C a 540° C, sendo as mais frequentemente aplicadas na faixa de 150° C a 400° C.

À frio

A dimensão das peças ou outras circunstâncias frequentemente determinam que o reparo se faça com a técnica de soldagem à frio. Quando este for o caso, a peça pode manter-se sem aquecimento, mas não deverá estar totalmente fria. Por exemplo, se trabalhamos em um componente de motor, podemos ligá-lo por alguns minutos para chegar a uma temperatura adequada. Além disso, as partes nunca deverão estar muito aquecidas, de tal forma que não seja possível colocar a mão nas superfícies metálicas.

Tipos de eletrodos para soldar ferro fundido:

Eletrodo revestido de níquel puro

É um eletrodo que produz soldas com um teor nominal de 99% de Ni. O Ni é um metal muito caro e por conseguinte, esse eletrodo também é. Os reparos geralmente se efetuam com soldas de passe único e ademais com alta diluição. Mesmo nessas condições, os cordões metálicos permanecerão usináveis.

C = 2,0 % max
Fe = 8,0 % max
Mn = 2,5 % max
Ni = 85,0 % min
Si = 4,0 % max
Cu = 2.5 % max
S = 0,03 % max
Al = 1,0 % max

Eletrodo revestido de níquel ferro

Deposita uma liga metálica com 55% de Ni, sendo um produto mais econômico do que o anterior. Em geral, o consumível produz cordões de solda macios, mas sob condições de alta diluição, podem ser duros e difíceis de usinar. É frequentemente usado para concertar peças com seções grossas ou com P alto, apresentando uma menor tendência à fissuras na linha de fusão.

Às vezes, para minimizar os custos da recuperação, é empregada uma técnica combinada. Fazendo um passe de solda inicial na raiz das peças com eletrodos de níquel puro ENi-CI e o enchimento final com eletrodos de níquel ferro ENiFe-CI.

C = 2,0 % max
Mn = 2,5 % max
Ni = 45,0 % – 60,0 %
Fe = Resto
Si = 4,0 % max
Cu = 2,5 % max
S = 0,03 % max
Al = 1,0 % max

Eletrodo de ferro fundido duro

É um consumível de baixo custo, com depósitos de solda muito duros que não podem ser usinados, mas podem ser acabados por esmerilhamento. Este produto opera satisfatoriamente em superfícies que não estão completamente limpas antes de efetuar a soldagem. Os cordões de solda enferrujam, assim como o metal de base. Isso pode ser importante ao reparar algum tipo de peças, como por exemplo os coletores de escape em carros antigos.

C = 0,43 %
Mn = 0,50 %
Fe = Resto
Si = 0,50 %