Eletrodo inox E309 para unir aços carbono com aço inox 308

O eletrodo inox E309 se recomenda para fazer ligações heterogêneas entre o aço AISI 304 com aços carbono e também para efetuar revestimentos superficiais resistentes à corrosão. Da mesma forma, o eletrodo austenítico E309Mo se utiliza para unir o aço AISI 316 com aços estruturais ferríticos.

Soldagem dissimilar com eletrodo inox austenítico

A soldagem de materiais diferentes se emprega na indústria de geração de energia, em refinarias petroquímicas, fabricação de componentes automotivos, caldeiras, instalações de mineração e da mesma forma em processamento de minerais.

Unir materiais diferentes, como aço inoxidável e aço carbono, é com toda a certeza, uma escolha muito mais econômica do que fabricar uma estrutura inteiramente em aço inoxidável. Além disso, a resistência à corrosão fornecida pelo aço inoxidável é necessária para o funcionamento normal dos equipamentos nessas instalações. Dessa forma, o aço carbono, sendo um produto menos ligado e mais barato, desempenha um papel importante na redução dos custos de fabricação.

Entretanto, o aço carbono não pode soldar-se diretamente aos aços inoxidáveis austeníticos com o eletrodo inox E308. Pois o metal de solda formará martensita com baixa ductilidade e que, à medida que se contrai, pode provocar fissuras. Portanto, a escolha do metal de adição adequado é fundamental para obter uma soldagem bem sucedida.

O eletrodo inox E309 representa com toda a certeza, a melhor alternativa para unir o aço AISI 304 com aços carbono. Por outro lado, a avaliação da microestrutura final do metal de solda diluído, pode ser feita empregando o diagrama de Schaeffler. Verificando que conterá aproximadamente 4% de ferrita na matriz austenítica e assegurando por conseguinte uma boa resistência à fissuração.

Técnicas de soldagem

Os processos de solda por arco elétrico Tig, Mig e eletrodo revestido são muito adequados para unir aços inox austeníticos aos aços carbono ou baixa liga. A soldagem se realiza à temperatura ambiente, sem preaquecimento, a menos que o aço carbono tenha um teor de carbono superior à 0,2% ou uma espessura de mais de 30 mm. Nessas circunstâncias, se aconselha preaquecer o lado ferrítico a uma temperatura de 150 ° C e trabalhar com consumíveis totalmente secos.

Preparação de juntas

Ao soldar aço galvanizado ao aço inoxidável, é essencial remover a camada superficial de Zn, com a finalidade de evitar fissuração à quente no metal de solda. As superfícies das juntas devem estar limpas e ademais isentas de graxas, tintas ou óleos. Pois os contaminantes poderão provocar um aumento de carbono na região de solda, com possível sensibilização à corrosão intergranular.